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Unção dos Doentes não é presságio de morte, mas Cristo que dá a mão a quem sofre, sublinha papa Fran

Unção dos Doentes não é presságio de morte, mas Cristo que dá a mão a quem sofre, sublinha papa Francisco«No momento da dor e da doença não estamos sós», vincou esta quarta-feira o papa Francisco durante a audiência geral desta quarta-feira, no Vaticano, dedicada ao sacramento da Unção dos Enfermos, que que não é a antecâmara do funeral.Perante 50 mil pessoas reunidas na Praça de S. Pedro, o papa sublinhou que a Unção dos Doentes permite a quem a recebe «tocar com a mão a compaixão de Deus pelo homem», refere a Rádio Vaticano.«No passado, era chamada “Extrema Unção”, porque era entendida como conforto espiritual na iminência da morte. Falar, em vez disso, de “Unção dos Doentes” ajuda-nos a estender o olhar à experiência da doença e do sofrimento no horizonte da misericórdia de Deus», apontou.A parábola bíblica do bom samaritano, em que um homem se abeira de uma pessoa estendida à beira do caminho depois de ter sido agredida por salteadores, trata dela e a leva a uma estalagem até que se restabeleça, pagando do seu bolso todas as despesas, constitui para Francisco o contexto em que se entende a Unção dos Doentes.«Cada vez que celebramos esse sacramento, Jesus, na pessoa do sacerdote, faz-se próximo de quem sofre e está gravemente doente, ou é idoso. Diz a parábola que o bom samaritano trata do homem sofredor deitando sobre as suas feridas óleo e vinho», disse Francisco.A pessoa sofredora «é confiada a um estalajadeiro, para que possa a continuar c cuidar dele, sem olhar a despesas», afirmou Francisco, acrescentando: «Quem é este estalajadeiro? É a Igreja, a comunidade cristã, somos nós, aos quais cada dia o Senhor Jesus confia aqueles que passam por aflições no corpo e no espírito».«Há um pouco a ideia de que quando alguém está doente e vem o sacerdote, depois dele chegam as cerimónias fúnebres; e isso não é verdade. O sacerdote vem para ajudar o doente ou o idoso. Por isso é muito importante a visita dos sacerdotes aos doentes», frisou.Com a Unção dos Doentes, «é Jesus que chega para o erguer, para lhe dar força, para lhe dar esperança, para o ajudar. E também para lhe perdoar os pecados. E isto é belíssimo».«Não penseis que isto é um tabu, porque é sempre belo saber que no momento da dor e da doença não estamos sós: o sacerdote e aqueles que estão presentes durante a Unção dos Doentes representam, com efeito, toda a comunidade cristã», que alimenta na pessoa enferma e nos seus familiares «a fé e a esperança», apoiando-os «com a oração e o calor fraterno».«Mas o maior conforto deriva do facto de que é o próprio Senhor Jesus que se torna presente no sacramento, que nos toma pela mão, nos acaricia, como fazia com os doentes, recordando-nos que lhe pertencemos e que nada – nem o mal nem a morte – poderá alguma vez separar-nos dele», acentuou.No fim da audiência, o papa apelou à «reconciliação» na Venezuela mediante o «perdão recíproco» e o «diálogo sincero»: «Espero vivamente que cesse quanto antes a violência e a hostilidade». Rui Jorge Martins © SNPC | 26.02.14


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